No dia 13 de julho de 2009, Valdenir Benedetti deixou este mundo para viver entre as estrelas, talvez seu ambiente mais familiar. Porém aqui permanece imortalizado pela sua maneira de pensar e ensinar a astrologia. Muito amado por muitos, deixou uma marca indelével em seus alunos e em todos os astrólogos que com ele conviveram e que reconheceram nele um renovador da nossa arte de interpretar os céus. Como acontece a todos os que ousam transgredir, questionar e inovar, também teve lá seus desafetos, faz parte... Por sorte deixou inúmeros textos, alguns publicados outros não. Este blog foi criado para que todo o seu pensamento fosse acessível tanto aos que o conheceram quanto aos que, ao longo de seu aprendizado da Astrologia, com certeza dele ouvirão falar.



"Há pessoas que nos falam e nem escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidase nos marcam para sempre."

Cecília Meireles







26.6.10

A CIÊNCIA É UM ENGÔDO

Na falta do que fazer, o professor doutor Bokówski * resolveu ocupar seu precioso tempo e investir sua notável inteligência e conhecimento de todo tipo de doutrina, ciência, estudo, doutrina, teoria, particularmente nas ciências herméticas e hermenêuticas, parapsicologia, psicofísica, aura e seus derivados, espiritualismo esotérico e muitas outras vertentes do conhecimento cósmico universal que seria cansativo enumerar, além de não atender a nosso propósito básico que é apresentar ao público o mais novo estudo secreto do Prof. Bokówski.

Acontece que, na falta do que fazer (sem querer ser repetitivo, mas para investir sua vida nessa pesquisa é necessário que não houvesse realmente nada de mais útil ou importante para fazer), o professor resolveu desmoralizar a ciência. Sim, exatamente, resolveu provar que a ciência acadêmica, como é conhecida, não funciona e não serve absolutamente para nada.

Bokówski reuniu em primeiro lugar um grupo básico de cientistas para que sua pesquisa seguisse uma metodologia correta, e, na falta de coisa mais importante para fazer, acompanhou esse grupo durante 45 anos (quarenta e cinco anos!) de suas vidas, provando e comprovando a cada passo que a ciência não funciona.

O doutor professor notou, entre muitas outras coisas, que a ciência não garantiu nem a felicidade e nem a saúde desses cientistas, não garantiu sequer que seus pintos fossem nem um milímetro acima do normal (pelo contrário, dizem as más línguas) ou que fossem felizes em seus casamentos científicos.

O professor notou que a batalha por verbas para pesquisa e financiamento para a compra e produção de equipamento era a verdadeira motivação existencial desse grupo de cientistas. Cada um devorava o outro e prejudicava a pesquisa do outro o Maximo possível para provar que seu trabalho tinha maior validade, afora o fato de que questões morais como lealdade, fidelidade, afetividade, ou a mais básica e simples amizade desmoronava diante do eventual ou artificial sucesso de qualquer concorrente cientifico, mesmo que a matéria de estudo fosse outra. A inveja foi, durante esses 45 anos a base e a motivação mais forte para o desenvolvimento do trabalho desses cidadãos, mas como inveja é subjetiva e não pode ser mensurada cientificamente, isso evidentemente não foi considerado no resultado das pesquisas do notável professor.

O professor observou que, mesmo sendo todos cientistas e nascidos aproximadamente no mesmo momento, cada um deles escolheu um ramo da ciência, fez faculdade diferente, falavam línguas diferentes, tinham preferências sexuais e alimentares diferentes, o que comprova que ser cientista não quer dizer nada quando interpretamos os fatos da vida em si mesma. Conclusão profunda e impressionante do professor e que nos faz perceber que cientista não funciona, ou seja, ser cientista não faz com que duas pessoas pensem iguais, sintam igual e etc.

Mas não vamos fazer aqueles que tem mais o que fazer e que, sabe Deus porque estão lendo esse artigo sobre pessoas que não tem mais o que fazer, percam muito de seu precioso tempo. Apresentaremos a seguir um mini resumo (nossa!) das conclusões do professor, deixando de lado as observações sobre comportamento moral e ético dos cientistas que, por não ter mais o que fazer passam 45 anos de sua vida querendo encher o saco dos outros.

1- Os cientistas pesquisados (100% deles), quando querem provar suas teses, criam aparelhos e provocam circunstâncias que pura e simplesmente provam suas teses.

Espectrógrafos, emissores de raios gama, delta e outros aparelhos de observação eletrônicos de todos os tipos, emulsões e combinações químicas, tudo enfim que prova e comprova suas teorias, e que permitem observar apenas e simplesmente o que eles querem observar.

Obs: alguns cientistas se apropriam dos instrumentos de outros cientistas e os adaptam à suas necessidades e à comprovação de suas teorias.

2- De tanto estudar os trabalhos dos cientistas, e baseado na conclusão numero um, o prof. Bokówski descobriu que o átomo não existe, pois todos os estudos e experiências executados partiam da premissa de que o átomo existia, e, portanto apenas confirmavam a premissa dos cientistas, custasse o que custasse. Ninguém nunca viu um átomo, disse o professor, além do que o comportamento irracional e a estranheza das reações atômicas diante de qualquer provocação (cientifica, claro) tornam esse minúsculo objeto de estudos absolutamente não cientifico e completamente improvável.

3- Outra conclusão de Bokówski ao acompanhar durante os 45 anos da pesquisa o grupo dos astrônomos (sub grupo entre os cientistas pesquisados), auto intitulados cientistas (pois o professor não considera a astronomia uma ciência) foi a de que não é possível acreditar em Astronomia. A Astronomia não funciona, disse o professor com todas as palavras, além de ser matéria inútil e não servir para absolutamente nada (o professor é meio redundante às vezes). Inclusive as nebulosas, buracos negros e outras descobertas fenomenais dos cientistas astrônomos são improváveis. Eles criaram instrumentos que apenas comprovam suas teorias e mais nada. Não é cientifico afirmar que a energia de um “pulsar” ou “quasar” ou outra coisa do gênero é essa ou aquela se a balança ou aparelho que pesa e mede essa energia foi criada a partir da idéia pré-concebida de alguém que apenas queria provar isso.

O professor, irritado com a insistência dos cientistas em quererem provar que estavam certos disse em fala garrafal: “EU NÃO ACREDITO EM ASTRONOMIA!”.

4- Outro grupo estudado pelo professor foi o dos cientistas políticos e o dos economistas. Ambos dizem que seu estudo e trabalho é ciencia.

Blá! como afirmou o professor com sua enorme lingua.

Os cientistas econômicos estão fazendo da economia um esdruxulo espécime, uma situação imprevisível (quando eles acertam de fato a favor do "outro"?) que cria disparates e mais disparates. Nunca se sabe para onde caminha a economia do país, e nem a das pessoas. Isso é ciencia?

Cartomante se sai melhor, na maioria das vezes!

E os cientistas políticos então? O que eles acertam? Qual a probabilidade de se comprovar suas infinitas teses, que na verdade sempre tendem para os que estão acima deles e que inspiram algum tipo de interesse particular (ou puxação de saco, se preferirem).

Não existe ciencia política ou ciencia economica, como afirma o professor com base em sua longa pesquisa feita durante o tempo em que ele nao tinha nada mais importante para fazer, apenas para comprovar e confirmar o que é obvio e que todos já sabiam.

5- Enfim, o exaustivo estudo de 45 anos do professor Bokówsk, que certamente não tinha nada melhor para fazer do que querer detonar a vida dos pobres cientistas e suas minguadas verbas chegou a inúmeras e também exaustivas conclusões, todas elas provando que a ciência e os cientistas são um grande equivoco, e que nenhum cientista é igual ao outro, a não ser na batalha insana por verbas e status.

Quanto à ciência em si mesma, sem levar em conta o mal que tem feito com a criação de armas e outros meios de destruição da espécie, o professor faz considerações especiais em relação à medicina, que bem ou mal criou alguma coisa que presta para alguma coisa, como os convênios médicos, a industria farmacêutica, as doenças impostas pela propaganda e que alimentam essa mesma industria e alguns aparelhos bem interessantes para descobrir novas doenças. Aliás, criar novas doenças é um dos grandes talentos dos cientistas médicos, inclusive sem a menor consideração pelo ser humano, ou seja, a doença independe do próprio ser humano, o que conta é o tratamento e o tipo de lucro que ela pode dar.

Após concluir sua exaustiva pesquisa detonadora de 45 anos sem nada mais importante para fazer o professor Bokówsk teve a brilhante idéia, um verdadeiro insight para seu próximo trabalho, que acreditamos não irá levar tanto tempo, mesmo sem ter nada de melhor para fazer.

O professor vai, através de pesquisas sérissimas e cientificas provar que Ego, Id, Superego, anima, Animus, inconsciente coletivo e outras coisas do tipo utilizadas pelos psicólogos e congêneres não existem! Vai provar por a+b que psicologia não é ciência porcaria nenhuma porque não existem provas cientificas da existência de nada do que os tais dizem por ai.

O professor quer também, no intervalo da pesquisa, aproveitando seus pesquisandos provar também que gastar 45 anos pesquisando uma matéria da qual não se entende picas, que não se estudou é questão psiquiátrica (cientifica) bastante séria, e quem não têm mais o que fazer e perde tempo com isso precisa de lobotomia, no mínimo. Ah, lobotomia cientifica.

* O prof. Bokówsk é um nome adotado para dar seriedade cientifica ao nosso personagem (seriedade para o pessoal da mídia, que só leva bobagens ou coisas feias a sério), na verdade ele é um conhecido xamã que tem um estranho animal de poder.


Valdenir Benedetti

Nenhum comentário:

Postar um comentário